A Criança e o Abismo: Psicoterapia Existencial na Infância Ferida
- Psicóloga Laís Almeida
- 5 de mai.
- 1 min de leitura

A infância, muitas vezes idealizada como um território de pureza e encantamento, também pode ser o palco do impensável. Quando uma criança sofre uma violência, seu pequeno mundo colapsa. E é nesse espaço fragmentado que a psicoterapia existencial pode entrar, não para remendar, mas para caminhar junto com a dor.
A psicoterapia existencial se interessa pelo sentido. O que significa, para aquela criança, ter sido ferida? Como ela enxerga o mundo, as pessoas, o próprio corpo, depois do trauma? Não há respostas prontas. Há escuta. Presença. Silêncio respeitoso.
Com crianças, o trabalho exige sensibilidade poética. O brincar se torna linguagem, metáfora viva. A areia do caixa de brinquedos vira deserto, campo de batalha, casa em ruínas. E é ali que o terapeuta se senta, ao lado dela, como alguém que reconhece o abismo e não foge.
O existencialismo não promete cura. Promete encontro. Um encontro que humaniza a dor, que legitima o medo, que oferece espaço para que a criança, aos poucos, reconstrua um sentido possível. A criança não volta a ser como antes, ninguém volta. Mas pode seguir sendo. Pode escolher, um dia, confiar de novo. Brincar de novo. Amar de novo.
E esse talvez seja o maior milagre da psicoterapia: não apagar o trauma, mas ajudar a viver apesar dele. Como quem segura uma lanterna acesa enquanto o outro atravessa a noite.
Seja bem-vindo à psicoterapia e continue nos acompanhando.
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